por Fernanda Chagas
Mesmo em meio aos protestos que ainda aquece o país e repercute mundialmente, a presidente Dilma Rousseff deve desembarcar em solos soteropolitanos nesta quinta, ocasião em que lançará o Plano Safra do Semiárido e entregará 320 máquinas – 130 retroescavadeiras e 190 motoniveladoras –, todas voltadas para a agricultura e a abertura e manutenção de estradas vicinais na Bahia.
O evento está previsto para às 11h no Centro de Convenções da Bahia. A vinda da chefe da nação estava programada para o último dia 21, quando as manifestações eclodiram, mas foi cancelada sob a alegação que a petista teria que se debruçar sobre o impasse em busca de soluções. O governador Jaques Wagner, por sua vez, atrelou o adiamento da vinda da “companheira” à agenda de alguns governadores da Região Nordeste, cujas capitais, assim como Salvador, foi palco dos jogos da Copa das Confederações.
A principal medida do Plano Safra do Semiárido será a suspensão das execuções das dívidas dos produtores da região até o fim do ano que vem. Também será concedido desconto de até 85% para a liquidação de operações de crédito contratadas até 2006 com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) ou do Tesouro Nacional.
O plano também terá ações de estímulo à construção de silos para armazenagem de alimentos para que os pecuaristas possam alimentar seus rebanhos na época da seca. Atualmente, a escassez de milho, principal alimento dos animais, leva o governo a buscar o grão em outros estados e até a importar de países vizinhos, com um alto custo de deslocamento.
“Mais uma vez, a presidenta Dilma estará entre nós para cuidar da nossa agricultura, do semiárido, do nosso povo da agricultura familiar”, antecipou o governador Jaques Wagner, complementando que dessa vez será possível reunir todos os governadores do Nordeste numa reunião da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) com a presidente. “É mais uma presença do governo federal, da nossa presidenta, entre tantas outras ações que foram desenvolvidas ao longo dessa estiagem, para melhorar as condições de vida do nosso homem do campo”, disse. Por fim, ele destacou que a ação do governo federal vai melhorar também as condições de operação das prefeituras.
Oposição recusa reunião
Lideranças de partidos da oposição, PSDB, DEM e PPS, recusaram o convite da presidente Dilma Rousseff para participar da reunião na tarde dessa segunda-feira (1/7), no Palácio do Planalto. O presidente do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), que inicialmente participaria do encontro, informou no início da tarde que também não iria.
“Foi feita uma consulta prévia à Executiva, que sinalizou que a plataforma do partido precisa ser, antes, apresentada à sociedade”, justificou Ivan Valente, que não soube informar se o líder do partido no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), compareceria. Desde a semana passada, a presidente Dilma tinha avisado que queria promover um encontro com os partidos da oposição, a exemplo do que fez com os partidos da base aliada, na sexta-feira.
A ideia inicial era reuni-los na própria sexta-feira, mas desde então a presidente Dilma já havia tomado conhecimento da resistência deles. Mas, o Planalto ainda achava que seria possível o encontro, apesar de o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), ter dito que se fosse para ir lá para tomar cafezinho, não iria. nessa segunda-feira (1/7), veio a recusa formal dos partidos para o encontro. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), em nota divulgada, afirmou não ter recebido convite para reunião.
FONTE: Tribuna da Bahia FOTO: Google
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