O protesto realizado ontem, em Brasília (Foto: Nivaldo Souza/iG Brasília)
A dimensão tomada pelos protestos ocorridos desde a semana passada por todo o País pegou o governo de surpresa. Até ontem à noite, auxiliares próximos à presidente Dilma Rousseff ainda custavam a traçar um diagnóstico claro da situação. De um lado, alguns se queixavam de uma “coincidência de fatores que deu ao assunto projeção nacional”. Do outro, estavam aqueles que se mostravam mais preocupados com o risco de os protestos alimentarem o discurso dos partidos de oposição.
De qualquer forma, ficou combinado que o melhor a fazer naquele momento seria manter uma certa distância do assunto. Assim, Dilma optou por fazer uma breve declaração sobre os protestos, na qual considerou legítima qualquer manifestação pacífica. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi para as redes sociais e seguiu o mesmo caminho.
A dificuldade maior agora, diz um líder petista com trânsito no Planalto, é acertar o grau de distância que a presidente deve manter em relação aos protestos. A avaliação é que Dilma deve deixar para os Estados e municípios a parcela de responsabilidade que têm na questão, sem deixar de se mostrar aberta aos anseios da população.
No PT, boa parte das atenções voltam-se agora para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. A avaliação é de que ele tem como tarefa, neste momento, convencer os manifestantes de que o reajuste que fez na tarifa de ônibus não só é justificado como é bem menor do que poderia ter sido.
FONTE: IG
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