A política baiana está em fase de transição do governo para o governo. Exatamente assim. Os deputados estaduais e federais eleitos pela oposição estão em revoada para o partido em formação, o PSD, em busca da sombra e, quem sabe, vantagens do governo, já que aqui o futuro (ainda incerto|) do PSD será governista. Como de resto e ao que parece, no País.Trata-se de uma janela para os políticos desfibrados pularem para o suposto paraíso, pelo menos assim imaginam eles que seja o super-povoado governo. Até aí, um cena corriqueira do adesismo que, no Brasil, é fértil, desde a ditadura militar quando o então MDB, que formava o bipartidarismo com a Arena, era dividido em MDB autêntico -cujo expoente na Bahia foi o saudoso e bravo deputado Chico Pinto-, e o MDB adesista, que tinha número maior de integrantes. Estranhamente, os adesistas de agora estão esperneando. O adesismo político funciona à semelhança dos macacos que mudam de árvore ou de galho. Como, no entanto, a lei da fidelidade partidária estabelece que quem muda de partido perde o mandato e como o PSD não está formado, nem se sabe se será, os macacos políticos da Bahia que querem mudar de galho estão se coçando, impacientes.Na dúvida, ninguém larga o seu galho, mas faz ruído. Vivem a criticar as legendas pelas quais foram eleitos acusando-as de tratá-los com indiferença, ou mal. Na verdade, é uma estratégia provocativa: tencionar a relação para que sejam expulsos, de modo que fiquem livres para migrar sem perder o mandato sob acusação de infidelidade. Ora, usaram as legendas para se elegerem, depois querem mordomia governista e tecem críticas ao galho de origem. O PMDB baiano encontrou uma solução para os que esperneiam: por eles não tem amor, saiam se quiserem, mas quem quer ficar, ou até voltar, sintam-se em casa. Um xeque-mate. Enquanto na dissidência, não terão palanque para falar. Macacos me mordam se eu estiver errado.
FONTE: Bahia Notícias por Samuel Celestino
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