sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Juro médio para crédito sobe para 49,4%

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, informou ontem dados parciais de alguns indicadores de crédito para pessoa física, que refletem o impacto das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo em dezembro.

Segundo Hamilton, a taxa de juros média do crédito pessoal saltou de 40,3% ao ano em 6 de dezembro de 2010 para 49,4% anuais em 26 de janeiro último. No mesmo período, a média de concessões nessa modalidade caiu de R$ 708 milhões para R$ 571 milhões (19,3%).

Hamilton informou ainda que a taxa de juros média na aquisição de veículos praticada por bancos de montadoras saltou de 19,2% para 23,1% ao ano, enquanto nos demais bancos, passou de 22,9% para 27,7%  anuais.


Em termos de concessões de crédito, a média dos bancos das montadoras passou de R$ 78 milhões para R$ 50 milhões (35,9% de queda), enquanto nos demais bancos passou de R$ 567 milhões para R$315 milhões (queda de 44,4%). Em termos de prazo, o crédito pessoal teve redução de cerca de 1.700 dias para em torno de 1.300 dias. No financiamento de veículos, de próximo de 1.300 dias para em torno de 1.050 dias.

RESERVAS - As reservas internacionais brasileiras avançaram US$ 478 milhões ontem e, com isso, atingiram a marca histórica de US$ 300 bilhões, novo recorde, segundo números divulgados ontem pelo Banco Central. Na comparação com o fim de 2010, quando as reservas estavam em US$ 288,57 bilhões, o crescimento foi de US$ 11,7 bilhões.

O governo acumula a moeda norte-americana de três formas: comprando dólares no mercado (via Banco Central) ou fazendo emissões de títulos da dívida pública - que são comprados pelos investidores e cujo pagamento é depositado nas reservas. As reservas também variam por conta da remuneração das aplicações que são feitas com estes recursos - a maior parte em títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

O crescimento das reservas em janeiro deste ano está relacionado com o forte ingresso de recursos. No mês passado, ingressaram US$ 15,5 bilhões na economia brasileira, o maior valor desde junho de 2007. O mercado financeiro avalia que este ingresso está relacionado com captações externas de empresas brasileiras, estimadas em cerca de US$ 10 bilhões para o mês passado.

Com a forte entrada de dólares, o BC comprou US$7,99 bilhões no mercado à vista de câmbio em janeiro. Em fevereiro, até o dia 4, adquiriu mais US$ 2,83 bilhões.

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