O documentário sobre a Fonte Nova, produzido para a National Geographic, está sendo rodada em imagem 3D, inaugurando a tecnologia com as obras de demolição mecanizada e implosão do estádio. As filmagens começaram no dia 3 deste mês e vão ser encerradas no domingo, com a implosão do Octávio Mangabeira. “Será um documentário de ciência e engenharia, com uma hora de duração. Na implosão, vamos filmar em mais ou menos 15 posições”, revelou, nesta segunda-feira, 23, o canadense Ian Herring, produtor-executivo da Parallax.
A empresa é responsável pela produção do vídeo que será exibido a partir de maio de 2011, no programa Blowdow, na NatGeo internacional, e no programa History TV, da TV Canadense.
Além de a produtora ser ligada à CDI, uma das empresas consorciadas no trabalho de demolição e reconstrução da Fonte Nova, Herring explicou ter vindo a Salvador atraído pela expectativa de se tratar de uma obra de grande escala. “Viajamos ao redor do mundo para documentar implosões importantes para a ciência e a engenharia, e essa daqui é também importante”, assegurou o canadense, que está pela primeira no Brasil.
A observação está respaldada no tamanho da obra e por se tratar de um estádio, como ressalvou Herring, um dos seis integrantes da equipe, formada por americanos e canadenses e dois brasileiros contratados em Salvador.
Óculos 3D - Para demonstrar os efeitos da tecnologia 3D, Ian Herring emprestou óculos especiais aos repórteres durante a exibição de imagens armazenadas no notebook, nas quais edificações são implodidas. A sensação é de estar inserido no contexto do evento, a centímetros dos materiais que estão sendo lançados. Ou como ver a cena no estádio.
A profundidade das imagens é ampliada com as câmeras instaladas nas dependências do edifício ou colunas do estádio. A câmera recebe a proteção de uma gaiola de aço e pneus ao redor para amortecer a queda. Tecnologia que será utilizada na implosão da Fonte Nova.
“A câmera cai junto com as estruturas. Você sente ela caindo”, enfatizou Herring. “Não queremos apenas filmar a implosão, mas mostrar a dança da edificação, balançando pelo impacto e como as estruturas reagem”, explicou o produtor.
Operadas do lado externo, algumas câmeras se perdem, mas algumas são recuperadas, como lembrou o representante da NatGeo. “É um documentário sobre ciência e engenharia, e, para não ficar chato, agregamos efeitos visuais”, acrescentou Herring. (por Aurélio Lima l A TARDE)
FONTE: Atarde.com
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