do Política Livre
A aproximação encenada pela manhã entre o governador Jaques Wagner (PT) e o senador César Borges (PR), durante ato na Governadoria para a assinatura de ordem de serviço para a construçao de uma estrada, teria desencadeado hoje forte reação na base governista, onde o movimento foi visto, principalmente, como perigoso para a harmonia do grupo.
Na prática, apesar de ambos terem tentado esvaziar completamente o fato de seu conteúdo político, o encontro entre Wagner e Borges funcionou como a confirmação de especulações surgidas há pelo menos dois meses, quando apareceram os primeiros comentários de que eles estariam, pelo menos, traçando um plano para se aproximar.
No mesmo período, provavelmente a título de experimentação, Wagner chegou a mencionar o nome de Borges durante uma reunião de seu Conselho Político, gerando reação imediata entre os correligionários, entre os quais deputados do PT e setores ligados à deputada federal Lídice da Mata (PSB), cujo interesse na vaga ao Senado é manifesto.
A maior crítica à possibilidade de entendimento entre o governador e o senador diz respeito à possibilidade de Borges ser convidado para concorrer à mesma vaga em sua chapa, ao lado, por exemplo, do conselheiro Otto Alencar, que deixará o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em janeiro para concorrer também ao Senado.
A composição para o Senado com os dois, fortemente identificados com o carlismo, é interpretada como um risco forte, inclusive, para a eleição de um deles. “Dois candidatos à direita para o Senado é um risco. Daqui há pouco, vão chamar ACM Neto (DEM) para vice de Wagner”, brincou há pouco um governista em conversa com o Política Livre.
Segundo ele, exatamente por este motivo a possibilidade de um entendimento de Borges com o governo teria deixado Otto preocupado. Em setores do governo próximos a Wagner, entretanto, a chapa com Borges é vista como plausível. Neste caso, não restaria a Lídice da Mata outra alternativa, senão concorrer à vaga de vice-governadora.
VI NO: Blog da Resenha Geral
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