domingo, 30 de junho de 2013

Copa das Confederações: milhares de manifestantes que seguiam em direção ao Maracanã foram barrados pelo bloqueio policial a cerca de 100m do estádio

Antes de final, manifestantes são barrados perto do Maracanã

1protestoriomaracafinalmap5418Batalhão de Choque faz barreira próximo aos estádio

Milhares de pessoas seguiram em direção ao Estádio do Maracanã no início da tarde deste domingo, onde Brasil  e Espanha farão a final da Copa das Confederações. Desde as 10h (de Brasília), os manifestantes se concentraram na praça Sáenz Peña, na Tijuca, e marcharam ao local do jogo. Por volta das 13h20, a cerca de 100 m do estádio, os manifestantes foram barrados pelo bloqueio policial.

A ideia era chegar ao estádio antes das 13h, horário marcado para que o bloqueio fosse colocado nas proximidades do Maracanã. Porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30. Os manifestantes foram contidos pela Polícia Militar e soldados do Batalhão de Choque bloquearam o acesso, equipados com armas de efeito moral. Os policiais também bloqueiam outras ruas que dão acesso ao Maracanã.

O protesto está sendo tranquilo e, com a ajuda do Caveirão, carro blindado utilizado para operações em zonas dominadas por traficantes, e de policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) a segurança foi reforçada. Um helicóptero da PM também sobrevoa o local.

Além dos manifestantes, que criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde, muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras.

O deputado federal Chico Alencar (Psol) acredita que será um dia histórico para o País. “Espero que essas manifestações não parem por aqui, e que o povo continue nas ruas para lutar”.

O político admitiu gostar de futebol e espera que a Seleção Brasileira "faça como o povo". “Quero que marque bastante pressão e corra os 90 minutos”, disse, palpitando uma vitória para o Brasil por 1 a 0.

O professor Roberto Barbosa, 36 anos, fez questão de mostrar os motivos da manifestação. “A Copa deveria ser para todos. Assim como os hospitais, a educação e a segurança pública. Mas assim como a Copa, nenhum desses itens básicos é para o povo, somente para a elite”, afirmou.

A manifestação constrastava com a chegada de alguns torcedores, como os amigos Henrique Guilherme Batista e Vinicius Merli, que vieram de São Paulo para a final. Guilherme vestia orgulhoso a camisa da Espanha e Vinicius a do Brasil. “Somos a favor dos protestos, desde que não atrapalhem quem queira vir ao jogo”, disse Guilherme, que espera não ser hostilizado por estar com a camisa da Espanha.

Vinicius disse que protestar é um direito do povo. “Pelo menos estamos fazendo os políticos trabalharem” afirma.

Entre policiais, seguranças e funcionários de empresas que vão trabalhar no Maracanã, as pessoas aproveitavam o domingo nublado para fazer caminhada na pista de atletismo que circula o estádio. Mas o movimento nas calçadas de quem tem ingresso para o jogo começou cedo.

Rodrigo Teixeira veio de Brasília e exibia seu cartaz pedindo que as pessoas não se esqueçam que mais importante que protestar contra a Copa do Mundo é lembrar que ano que vem é preciso votar certo. “Se não, protestar não vai adiantar nada”, disse, sem temer ter o cartaz retirado pela organização da Fifa que proíbe manifestos políticos dentro dos estádios. 

FONTE: terra             FOTO: Mauro Pimentel / Terra

Nenhum comentário: