sábado, 26 de maio de 2012

Rodoviários aceitam decisão do TRT e encerram a greve

Presidente do Sindicato determinou que os trabalhadores voltem ao trabalho imediatamente
Depois de quatro dias, a greve dos rodoviários chegou ao fim. Em assembleia na manhã deste sábado (26), no Sindicato dos Eletricitários, a categoria decidiu aceitar o aumento concedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) durante o julgamento do dissídio coletivo. 

Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, determinou a volta imediata da categoria trabalho. Agora, os motoristas e cobradores estão se dirigindo para as garagens das empresas para retomar a circulação de ônibus nas ruas. 

No julgamento do dissídio, na sexta-feira, a desembargadora Maria das Graças Boness relatou que um conjunto formado por quatro desembargadores concedeu, após debate e votação, um aumento de 7,5% para a categoria, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além do aumento do tíquete-refeição, de R$ 10,60 para R$ 11,22, e o retorno do quinquênio - benefício concedido a cada cinco anos de trabalho na empresa.



Durante a paralisação, população teve que aguentar volta para casa se apertando nos transportes disponíveis (Foto: Lorena Vinturini/CORREIO)


O TRT considerou a greve abusiva e determinou que, se o Sindicato dos Rodoviários (Sintroba) não retomasse as atividades ontem, a categoria pagaria uma multa de R$ 150 mil, descontada diretamente da conta bancária da organização. Em seguida, a cada 24 horas seriam descontados mais R$ 50 mil, além de descontos dos dias parados. 

O Sindicato das Empresas de Transporte  (Setps) também será penalizado. A desembargadora determinou que os patrões paguem uma multa de R$ 75 mil no primeiro dia e R$ 25 mil nos subsequentes. A avaliação dos desembargadores é que não houve pró-atividade dos patrões para que os rodoviários que quisessem trabalhar conseguissem colocar os ônibus nas ruas.

Os rodoviários reivindicavam reajuste de 13,8% no salário-base; retorno do quinquênio, retirado em 2006; e 30 tíquetes por mês de R$ 12. Os empresários ofereciam reajuste dos salários em 4,98%; se negavam a conceder o quinquênio; e queriam manter os atuais 26  tíquetes por mês de R$ 10,60.

*Com informações do repórter Leo Barsan

FONTE: Correio da Bahia

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