sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cristãos e judeus celebram a Páscoa na Terra Santa

Nas Filipinas, fiéis protagonizam crucificações públicas na Sexta-Feira Santa

Turistas cristãos rezam diante da Igreja do Santo Sepulcro, em JerusalémTuristas cristãos rezam diante da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém (Ammar Awad / Reuters)

Os cristãos que vivem em Jerusalém celebraram a Sexta-Feira Santa nos principais locais de peregrinação religiosa de Israel. Enquanto isso, os judeus comemoram o Pessach, a Páscoa judaica. Os cristãos da Igreja latina (católica romana) da Terra Santa e as Igrejas protestantes recordam o julgamento, condenação e crucificação de Jesus Cristo. Já a Pessach, uma das principais festas da comunidade judia, que dá lugar a vários rituais, recorda o êxodo do povo hebreu do Egito. Dura sete dias a partir do pôr do sol desta sexta-feira.

A cada Sexta-feira Santa, segundo dia do Tríduo pascal que terminará no domingo, milhares de cristãos do mundo inteiro realizam uma peregrinação à Cidade Velha de Jerusalém, no setor oriental da maioria árabe ocupado por Israel desde junho de 1967.

Cerco - Com a aproximação das festas para os cristãos e os judeus, Israel anunciou o fechamento, de sexta a domingo, dos pontos de controle que permitem o acesso a seu território a partir da Cisjordânia ocupada, limitando o acesso apenas aos casos humanitários. Como todos os anos, Israel autorizou 500 cristãos da Faixa de Gaza a ir a seu território e à Cisjordânia ocupada durante a Páscoa.

Mais de 20.000 cristãos da Cisjordânia receberam uma permissão especial para visitar Jerusalém até o final da próxima semana, segundo um comunicado militar. Os cristãos representavam mais de 18% da população da Terra Santa em 1948, data da criação do estado de Israel, mas atualmente são apenas 2%.

Crucificação - Já nas Filipinas, fiéis católicos protagonizaram nesta Sexta-feira Santa uma série de exibições de devoção religiosa no dia em que o mundo cristão recorda a crucificação de Jesus Cristo. As violentas crucificações são malvistas pela hierarquia da Igreja Católica, mas acabaram se convertendo numa mórbida atração turística.

Vários fiéis filipinos enfrentam crucificações para pagarem suas promessas, enquanto outros se chicoteiam com um bambu nas costas até sangrar percorrendo as ruas das cidades. A crucificação e as chicotadas atraem milhares de pessoas às ruas das Filipinas, o país mais católico da Ásia, onde esta Igreja tem 75 milhões de fiéis.

FONTE: Veja          (Com agência France-Presse)

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