A rivalidade das duas maiores centrais sindicais do país acirrou a disputa que o PT e o PDT travam pelo comando do Ministério do Trabalho desde que o ministro Carlos Lupi entrou na lista dos que devem ficar sem emprego com a reforma ministerial prevista para janeiro, informa reportagem de Andréia Sadi e Vera Magalhães, publicada na Folha deste domingo.
O PT perdeu o controle do ministério em 2007 para que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva acomodasse o PDT no governo. Agora, os petistas se queixam abertamente da maneira como a sigla de Lupi controla recursos e postos-chave da pasta.
Ligada ao PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) acusa a Força Sindical de usar aliados no PDT e no ministério para ampliar sua influência sobre os sindicatos.
A Força Sindical é presidida pelo deputado Paulinho da Força (SP), que é do PDT. Há pouco mais de um ano, ele tentou emplacar na Secretaria de Relações do Trabalho um aliado, o delegado Eudes Carneiro, mas Lupi rejeitou a indicação e nomeou Zilmara de Alencar.
Com as mudanças que a presidente planeja fazer no primeiro escalão, acreditam, o PDT poderia ser alocado em outra pasta e o PT voltaria a dar as cartas no Trabalho. A Força Sindical e o PDT têm pressionado a Lupi a sair antes da reforma. Eles acreditam que assim poderiam forçar Dilma a substituí-lo por outra pessoa ligada ao PDT.
FONTE: FOLHA.com
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