sábado, 3 de setembro de 2011

'Não é herança porque eu ajudei a construir', diz Dilma sobre era Lula


Dilma ao lado do ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, no congresso do partido (Foto: Ed Ferreira / Agência Estado)

A presidente da República Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (2), em discurso na abertura do 4º Congresso Nacional do PT, que o legado recebido por ela ao suceder o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é apenas uma herança porque ela, como ex-ministra, participou da construção de programas e das bases do governo que comanda atualmente.

“Uma herança é pouco. É como se fossem aquelas camadas que fundamentam o solo que garante que as pedras tenham vários graus de solidez. Estou firmada numa pedra muito sólida, que é a experiência de oito anos de um governo que tive a honra de participar. Não é herança porque eu ajudei a construir essa pedra. Eu estava lá quando ela foi construída. Os erros e acertos dela são meus erros e acertos”, disse a presidente.

Segundo Dilma, o "legado" dos oito anos de Lula é uma "responsabilidade" que o atual governo carrega.
"Nós tivemos uma oportunidade histórica e, no quadro da democracia, nós mudamos a lógica de crescimento do país. Este país tem a força que tem porque temos essa herança, esse legado que não é legado só dos oito anos de governo do presidente Lula, mas é uma responsabilidade que o nosso governo carrega todos os dias".

Dilma participou ao lado de Lula da abertura do Congresso Nacional do PT. Antes do discurso, a presidente citou o ex-presidente do PT e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em nome de quem cumprimentou todos os ex-comandantes da legenda.

Antes de Dilma, Lula discursou e disse que oito meses é um período muito curto para avaliar quem irá governar por oito anos, em alusão a uma eventual reeleição de Dilma.

A presidente rebateu críticas da oposição sobre sua suposta dificuldade para o jogo político. Segundo Dilma, “por falta de projeto”, a oposição recorre a esse tipo de atitude na tentativa de separá-la do ex-presidente Lula.

“Especulam muito sobre minha suposta inapetência política. Dizem que eu sempre fui uma gerente tecnocrata despreparada para o exercício da Presidência. Eles esquecem um fato: que eu tenho muito orgulho de ter [feito política], quando era muito difícil de fazer política no Brasil porque dava cadeia ou morte. Eu tenho orgulho de ter feito política no Brasil”, afirmou a presidente.

FONTE: G1

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