sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PF prende 17 por rombo de R$ 20 mi contra Previdência Social


João Lopes, superintendente do INSS no Nordeste: 'beneficiários cúmplices estão sob investigação'

João Lopes, superintendente do INSS no Nordeste: 'beneficiários cúmplices estão sob investigação'
 
Um esquema fraudulento em concessão de benefícios previdenciários, operado em Salvador e região metropolitana, envolvendo pelo menos 500 pessoas, gerou um rombo superior a R$ 20 milhões nos cofres da União. Na manhã desta quinta-feira, 25, a Polícia Federal (PF), dentro da Operação Nevasca, prendeu 17 acusados de integrar a quadrilha que articulava as fraudes.

Entre os acusados, estão quatro servidores da Previdência Social, dois profissionais de contabilidade e um funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF). Os nomes não foram divulgados pela PF, por questões de sigilo determinado pelo juiz da 17ª Vara Federal, Antônio Scarpa, que concedeu os 17 mandados de prisão e os 21 mandados de busca e apreensão.

A TARDE apurou, no entanto, que dois dos presos são o técnico em contabilidade Jurandir Bispo da Costa e um contador de prenome Luís Paulo. Os dois eram os principais operadores do esquema e lucravam R$ 80 mil por mês cada um. Outros dez presos atuavam como falsificadores e laranjas, entre eles uma senhora de aproximadamente 60 anos.


Em nome de Jurandir, estão uma mansão luxuosa no bairro nobre do Caminho das Árvores e uma caminhonete  Pajero Mitusubishi Dakar, de cor branca, placa NYT 3834, de Salvador, cujo valor pode chegar a R$ 150 mil, no modelo mais novo.

Todos os 17 presos foram ouvidos nesta quinta na sede da Superintendência da PF na Bahia, em Salvador. Eles serão indiciados pela prática de crimes de estelionato, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. Se condenados, eles podem pegar até 21 anos de detenção.

Ainda nesta quinta, os acusados foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Salvador (Mata Escura). Eles cumprirão prisão temporária de cinco dias e depois serão liberados para responder aos processos em liberdade.

Fraude - O grupo é acusado fraudar mais de 500 benefícios, dando um rombo de mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos. De acordo com a PF, a quadrilha agia desde 2005 e era investigada há um ano e meio. Eles compravam empresas falidas ou utilizavam dados de empresas funcionando, mas sem o conhecimento dos empregadores.

Com essas informações, eles solicitavam benefícios como auxílio doença, pensão por morte e aposentadoria. De acordo com a PF, os segurados dos benefícios fraudados serão investigados. Há informações de que em alguns casos o cidadão de fato teria direito ao benefício, mas solicitou de forma fraudulenta.

Além das prisões, foram apreendidos documentos em escritórios de contabilidade e solicitado sequestro de bens de uma residência. Segundo a polícia, alguns veículos também foram apreendidos.

FONTE: A Tarde

Nenhum comentário: