sábado, 9 de julho de 2011

Ministério dos Transportes 2: César nega movimentação. Pressão cresce

Romulo Faro e Osvaldo Lyra

Apesar de ter seu nome bastante especulado na imprensa nacional e baiana para assumir o Ministério dos Transportes, o ex-senador César Borges (PR) diz que não está fazendo nenhuma movimentação neste sentido e que qualquer informação não passa de boato.
“Politicamente, estou afastado dos acontecimentos e somente voltarei à cena no momento próprio e quando o fizer será utilizando meus próprios passos”, disse César ao site Bahia Notícias. Ele acrescentou que seu nome deve ser lembrado por membros do PR em Brasília apenas por ser o presidente do partido na Bahia. Mas não é só isso.
César Borges é considerado um nome sério em Brasília. Além da atuação destacada nos últimos oito anos no Senado, o republicano sempre demonstrou lealdade ao governo do ex-presidente Lula, o que pesa favoravelmente. Além disso, pesa o fato de ele ser ex-governador da Bahia e, sobre ele, não existir ar de desconfiança, como no comando atual do PR. 
Enquanto o republicano minimiza as especulações, tanto em Brasília quanto na Bahia, conversas de bastidores dão conta de que quem também está mobilizado é o governador Jaques Wagner (PT), porém no sentido contrário.
Ninguém próximo dele quis admitir, mas o que se diz é que o chefe do Executivo teria pedido à presidente Dilma que não nomeie César como ministro, pois a articulação poderia ser incômoda e atrapalhar os planos do PT para Salvador em 2012, afinal, nas últimas eleições, César caminhou junto com o então candidato a governador Geddel Vieira Lima (PMDB), hoje vice-presidente da Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal.
O detalhe, que não pode passar despercebido, é que a dificuldade do governo em achar um substituto (ficha limpa) para a vaga de Nascimento aumenta as chances de César.
Na capital federal, o PR já começa a admitir o nome do ex-senador baiano. Os próprios governistas admitem que a presidente Dilma vê com simpatia a escolha César, seja pela competência administrativa, técnica e política e também pelo recolhimento de Borges que se manteve distante da disputa por cargos, reservando-se para uma eventualidade como esta.
Mas Dilma fica mesmo em situação desconfortável porque do outro lado está Jaques Wagner, um dos mais importantes governadores do PT, muito próximo ao ex-presidente Lula e responsável por grande parte da votação arrasadora que a chefe da nação teve no Nordeste. Na Bahia, é dispensável comentar o empenho de Wagner na campanha da correligionária.

FONTE: Tribuna da Bahia

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