O senador Blairo Maggi (PR-MT) decidiu ontem recusar o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério dos Transportes. Depois de reunir-se com o seu grupo empresarial em Mato Grosso, o senador avaliou que teria “impedimentos legais” para se tornar ministro porque suas empresas têm contratos com o governo federal .
Blairo, porém, não comunicou sua decisão à presidente. O senador pretende formalizar a recusa até terça-feira, quando o PR deve indicar um novo nome do partido para ocupar a pasta.
Além das questões empresariais, o senador teria recusado o convite por temer a exposição pública depois que integrantes do partido tiveram que deixar o governo acusados de superfaturamento em contratos do ministério e órgãos afins.
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, assumiu o cargo interinamente até um nome ser oficializado.
Ontem, inclusive, o ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes) pediu licença por 12 dias do Senado para “fins particulares” para não ter que retornar à Casa antes do recesso parlamentar. Como o recesso começa no dia 18 de julho, quando termina a licença do senador, Nascimento fica obrigado a retornar à Casa somente em agosto.
Com a licença, Nascimento não fica obrigado a prestar esclarecimentos ao Senado - como havia prometido ao deixar o cargo no governo. A oposição desistiu ontem de aprovar requerimento para o senador depor à Comissão de Infraestrutura da Casa depois que o ex-ministro sinalizou que falaria, no plenário, sobre as acusações.
A licença é não remunerada e pode ser prorrogada por até 120 dias - de acordo com o interesse do parlamentar. O afastamento é permitido pela Constituição Federal em casos em que deputados e senadores têm questões pessoais ou particulares a serem resolvidas.
FONTE: Tribuna da Bahia
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