terça-feira, 5 de julho de 2011

Faixa etária para exame de papanicolau é ampliada

Segundo nova diretriz, idade máxima de mulheres submetidas ao exame passará de 59 para 64 anos. A idade para o início do exame preventivo permanece 25 anos

Governo amplia faixa etária para rastreamento de câncer de colo de úteroGoverno amplia faixa etária para rastreamento de câncer de colo de útero (Thomas Northcut/ Thinkstock

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira novas diretrizes nacionais para o rastreamento de câncer de colo de útero. Segundo o governo, haverá a ampliação na idade máxima para a realização do exame preventivo, que vai de 59 anos para 64 anos. O exame, conhecido como papanicolau, deve ser feito periodicamente a partir dos 25 anos.

O exame é capaz de identificar lesões que antecedem o câncer, permitindo o tratamento antes que a doença se desenvolva. Segundo o ministério, o papanicolau deverá ser feito, inicialmente, anualmente. Após dois resultados negativos consecutivos, o exame deverá ser feito com intervalo de três anos.

No caso das mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o papanicolau, devem ser feitos dois exames preventivos com intervalo de um a três anos. Se os dois resultados forem negativos, essas mulheres poderão ser dispensadas de exames adicionais.

Segundo a ginecologista Flávia de Miranda Corrêa, técnica da divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a ampliação da faixa etária para o rastreamento do câncer do colo do útero segue a tendência internacional relacionada ao aumento da longevidade.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama. Em 2010, foi responsável pela morte de 4.800 mulheres e por 18.430 novos casos.

As novas diretrizes fazem parte do Plano Nacional de Fortalecimento das Ações de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero, do Ministério da Saúde, lançado pela presidente Dilma Rousseff, no último mês de março. O plano prevê ainda um programa de capacitação de ginecologistas para padronizar o diagnóstico de acordo com as novas diretrizes.

FONTE: Veja     (Com Agência Estado)

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