quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Polícia

Não sei não, mas acho que, no futuro, vamos ter que contratar bandidos para a proteção da sociedade.

Esse artigo aqui diz tudo. Infelizmente, criou-se uma cultura e um pensamento único dentro das fileiras dos policiais: quem critica o trabalho da polícia, ou melhor, a violência por ela perpetrada, o chamado “pessoal dos Direitos Humanos” (acreditem, é assim que falam), é porque não entende os riscos que correm, é porque não foi vítima de bandido, etc. E com esse mantra vão batendo, espancando, apoiando uns aos outros em suas campanhas pessoais de violência e arbitrariedade.

O caso do Prof. Eduardo Viana diz tudo: o prof., advogado, ao tentar acompanhar um segurança vítima de agressão policial, foi também preso. E tudo por que? Porque um policial tentou entrar em uma festa sem pagar, tentou entrar armado, foi impedido de fazê-lo, entrou assim mesmo (deixando a arma de fora), embriagou-se, agrediu pessoas, foi impedido pelo segurança, chamou seus coleguinhas que deveriam estar cumprindo com seu dever e não fazerem papel de gang, e todos prenderam o segurança e o advogado. E a culpa é do “pessoal dos Direitos Humanos”. O policial, com o dinheiro dos nossos impostos, torna-se membro de uma gang. Em vez de protegerem a sociedade, protegem-se dela – protegem-se da transparência, da ética, do dever da farda. A farda não é mais o distintivo de um organismo público, mas de uma facção criminosa como outra qualquer.

E o Prof. Eduardo Viana, bem como o Pres. da OAB/VC, têm seus carros danificados por marginais. Duas vezes.

O trabalho policial é duro. Como é o de muita gente – desde um médico plantonista a um gari. No entanto, a proteção a colegas marginais, a suposta pretensão de “eu-sou-autoridade-portanto-saia-do-meu-caminho” ou “fique-quieto-ou-lhe-prendo-por-desacato”, falácias, mas motes dessas pessoas, são comuns e não questionadas pela sociedade. Até quando?

FONTE: ManéBlog

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