quinta-feira, 27 de junho de 2013

Haddad cancela licitação bilionária para empresas de ônibus em São Paulo

"Não podemos assinar contratos de 15 anos sem participação popular", afirmou o prefeito de São Paulo nesta quarta-feira (25)

REDAÇÃO ÉPOCA com AGÊNCIA BRASIL e ESTADÃO CONTEÚDO

haddadsptvFernando Haddad em entrevista ao programa SPTV nesta quarta-feira (26) (Foto: Reprodução/TV Globo)

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (25) que vai suspender a bilionária licitação dos ônibus da cidade – a maior da história da Prefeitura paulistana. "Eu estou cancelando a licitação por uma razão muito simples. Não podemos assinar contratos de 15 anos sem participação popular. O momento em que estamos exige a participação da sociedade", disse em entrevista ao programa SPTV.

"Eu vou instalar o conselho municipal de transporte público com a participação dos usuários, do movimento social, junto com os empresários e com o governo, com a presença do Ministério Público para que fique tudo em pratos limpos. Vamos abrir as planilhas, para que as pessoas tenham consciência dos custos que estão sendo enfrentados", afirmou o prefeito.

"Eu determinei que nenhum contrato seja assinado, muito menos um contrato de longo prazo, somente a prorrogação dos atuais, até que a sociedade tenha segurança de que vai ser um contrato bom para a cidade."

A gestão Haddad estava em processo de renovar os contratos com as empresas e cooperativas de ônibus da capital – assinados há uma década na gestão da também petista Marta Suplicy. O custo da nova licitação, que valeria por até 15 anos, é de R$ 46,3 bilhões. Tratava-se do maior processo licitatório da história da cidade.

Ela dividiria a cidade em três lotes para os concessionários, em vez das atuais oito. Serial elas: Noroeste, Leste e Sul. Poderiam participar empresas ou consórcios.

No SPTV, Haddad afirmou ainda que, nesta semana, a Prefeitura deve assinar contratos para a construção de 66 quilômetros de corredores de ônibus. "Além disso, eu determinei à Secretaria de Transporte que, até o final deste ano, instale 220 quilômetros de faixas exclusivas, inclusive nas principais vias da cidade, para aumentar a velocidade, melhorar a qualidade e dimunuir o custo."

Em entrevista nesta segunda-feira (24), o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que uma das propostas que chegaram à sua mesa sobre os transportes públicos é a da tarifa zero. Outra é a de voltar a estatizar o sistema de ônibus municipal.

FONTE: ÉPOCA

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