terça-feira, 11 de junho de 2013

Dólar fica instável após duas intervenções do Banco Central

As intervenções do Banco Central no dólar não têm sido suficientes para conter a alta da moeda norte-americana. Nesta terça-feira, já foram dois leilões e ainda assim o dólar vive mais um dia de valorização.

Somente por volta de 12h o dólar inverteu a tendência de alta e passou a cair, depois do segundo leilão do BC e do anúncio de uma reunião da presidente Dilma Rousseff com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, marcada para 16h30. Existem rumores de que as autoridades possam discutir uma nova redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Às 12h16 o dólar a vista no balcão atingiu uma nova mínima, cotado a R$ 2,1390, queda de 0,42%.

A máxima do dia até agora foi R$ 2,1670, às 9h30.

Leilões

dolar6756Entre 10h50 e 10h55, o BC realizou um primeiro leilão de swap cambial atrelado à Selic (taxa básica de juros). O leilão equivale à venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos 25 mil contratos de swap cambial com dois vencimentos (agosto e setembro), totalizando US$ 1,247 bilhão. A oferta inicial havia sido de 40 mil contratos.

Mesmo com a primeira entrada do BC no mercado de câmbio, o dólar manteve o viés de alta e o BC anunciou um segundo leilão de até 40 mil contratos por volta de 11h23. Foram vendidos 25 mil contratos, no valor de US$ 997 milhões.

 

Na segunda-feira…

Mesmo com as duas intervenções do Banco Central ontem, algo que ocorreu a primeira vez neste ano, a moeda americana fechou nesta segunda-feira, 10, em seu maior patamar em relação ao real desde 30 de abril de 2009, cotada a R$ 2,1480, com alta de 0,56%.

Nesta segunda-feira, a própria S&P elevou a perspectiva de rating dos Estados Unidos de negativa para estável, colocando mais pressão não apenas sobre o real, mas sobre todas as moedas, principalmente de países emergentes.

O governo tem demonstrado preocupação com a alta da moeda, visto que um dólar alto significa importações mais caras, o que pode pressionar a inflação. Na ata do Copom, divulgada na última quinta-feira, 6, o Banco Central já falava da tendência de apreciação do dólar.

“No período entre as reuniões, o dólar valorizou-se ante as principais moedas, movimento favorecido pela expectativa de antecipação da retirada de estímulos monetários por parte do Federal Reserve (Fed), e pela redução da taxa básica de juro na Zona do Euro”, afirmava a ata.

Desde o dia 29 de maio, a divisa norte-americana segue em tendência de alta. No ano, a valorização está acima de 5%.

FONTE: ESTADÃO.COM.BR         (Foto: Morgue File)

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