Paulo Souto
A informação de que o Democratas está a caminho de bater o martelo em prol do apoio ao tucano Aécio Neves no que diz respeito à sucessão presidencial, mas para isso o candidato a vice-presidente teria que ser do Nordeste, não foi negada pelo diretório estadual da sigla, muito menos que o nome do ex-governador Paulo Souto ao lado de José Agripino (RN) seria a grande aposta.
De acordo com o presidente do Democratas na Bahia, deputado estadual, Paulo Azi, o pedido de ter um candidato do Nordeste nas eleições presidenciais não pode ser encarado como uma exigência, mas sim como uma constatação de chapa equilibrada. “Não é uma imposição e sim uma constatação de chapa equilibrada. Se teremos um candidato do Sul/Sudeste nada mais natural que tenhamos também um do Norte/Nordeste. Em todos os partidos ocorrem desta maneira. Como o ex-governador Paulo Souto é um dos principais nomes do nosso partido, ele foi citado assim como ocorre em qualquer disputa, seja ela federal ou estadual. Ele fez um belo trabalho na Bahia e é natural que seja lembrado em qualquer discussão”, afirmou.
Assim como Azi, o deputado federal Antonio Imbassahy, grande cacique da sigla no estado, reforçou que todos os entendimentos convergem para aliança entre Democratas e PSDB. O nome de Souto para ele “engrandece qualquer chapa pela sua história, competência e grande administração pública”.
Quando o assunto foi a polêmica em torno de o governador Jaques Wagner ter falado abertamente que pretende ter apoio de ACM Neto para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, tanto o dirigente do Democratas quanto o cacique do PSDB refutaram, ainda que nas entrelinhas, qualquer probabilidade.
Paulo Azi, por exemplo, declarou que há grande diferença entre querer e ter. “Não vou comentar as declarações do governador. Se ele vai lutar para ter o apoio do Democratas é porque sabe a força que tem o prefeito ACM Neto. De qualquer forma, é o desejo dele e para se tornar realidade há um grande caminho pela frente”, disse.
Imbassahy, por sua vez, foi direto e não perdeu a oportunidade de alfinetar o adversário. “Há algum tempo atrás o governador Jaques Wagner era muito contrário aos democratas. Não sei se agora ele está pensando diferente. Porém, posso antecipar que os entendimentos convergem para aliança entre o Democratas e o PSDB, assim como muitos outros partidos que estão insatisfeitos”, reafirmou.
Atualmente, Souto ainda tem o nome apontado como possível candidato para disputar a sucessão estadual, com base nas suas gestões anteriores.
por Fernanda Chagas e Daniela Pereira, Tribuna da Bahia
FONTE: Blog do Rogério Neiva
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