A ex-chefe da UTI, Virgínia Helena Soares de Souza, e outros sete profissionais que trabalhavam sob seu comando foram denunciados
Folhapress
Um relatório concluído pela Polícia Civil do Paraná na última sexta-feira levanta a suspeita de homicídio em 334 mortes ocorridas na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, entre 2006 e 2013. A informação foi divulgada pela revista “Veja” desta semana e confirmada ontem pelo Ministério Público do Paraná. Agora, o novo relatório policial aponta que pelo menos outros 334 pacientes internados na UTI receberam o mesmo coquetel de medicamentos ministrado às vítimas listadas na denúncia, e morreram horas depois.
Para a Promotoria, estes 334 casos são “mortes suspeitas” e precisam ser investigados. Caso fique comprovado, por prontuários médicos e depoimento de testemunhas, que há relação entre o uso dos medicamentos e a morte dos pacientes, pode haver novas denúncias contra o grupo. Dos 334 casos, segundo o Ministério Público, em 317 a prescrição dos medicamentos foi feita pela médica Virgínia, e em outros 17 a prescrição coube a outros médicos, que também estão na denúncia inicial.
A ex-chefe da UTI, Virgínia Helena Soares de Souza, e outros sete profissionais que trabalhavam sob seu comando foram denunciados no mês passado sob acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha, por supostamente acelerarem a morte de pacientes administrando drogas e diminuindo a ventilação dos respiradores. Todos negam as acusações e dizem que os procedimentos foram respaldados pela literatura médica.
A denúncia entregue à Justiça em março diz respeito a sete óbitos, que aconteceram entre maio de 2011 e janeiro de 2013. A Polícia Civil e o Ministério Público continuam analisando outros prontuários. A direção do hospital, que nega qualquer conhecimento ou anuência sobre os supostos crimes, também está sendo investigada.
FONTE: Correio da Bahia

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