segunda-feira, 29 de abril de 2013

Julgamento decide sobre culpa de produtora na morte de Michael Jackson

Em ação de 40 bilhões de dólares, família acusa a produtora AEG Live de ter sido negligente com a saúde do cantor durante preparação para shows

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Começa nesta segunda-feira o julgamento civil da morte do cantor Michael Jackson. A vida e a trágica morte do pop star serão novamente foco nessa ação de 40 bilhões de dólares movida pela família Jackson contra a empresa AEG Live, promotora da série de concertos que marcariam o retorno do cantor aos palcos em Londres no ano de 2009 – ele morreu duas semanas antes da primeira apresentação.

Aberta pela mãe de Michael, Katherine Jackson, de 82 anos, em nome dos três filhos do cantor, a ação tem como objetivo avaliar a responsabilidade da empresa na morte. Katherine alega que a empresa foi negligente ao contratar o médico Conrad Murray para cuidar do artista, enquanto ele ensaiava para a série de cinquenta shows. Murray está cumprindo pena de quatro anos de prisão, depois de ter sido condenado por negligência criminosa por administrar o analgésico propofol a Jackson como sonífero.

A família argumenta que a AEG Live não supervisionou Murray e colocou os lucros na frente da saúde do cantor. Uma troca de e-mails pouco tempo antes da morte de Michael, que deverá ser apresentada no tribunal, mostra o produtor de shows Kenny Ortega avisando ao presidente da AEG Live, Randy Phillips, que o cantor apresenta "fortes sinais de paranoia, ansiedade e comportamento obsessivo".. Ortega diz ainda que, na ocasião, se tivesse permitido ou incentivado que Michael subisse no palco, ele poderia se machucar. Phillips responde: “É fundamental que nem você, nem eu, ou qualquer um em torno deste show se torne psiquiatra amador ou médico”.

Segundo o jornal inglês The Guardian, os cantores Prince e Diana Ross, o produtor Quincy Jones e o “guru da malhação” e ator Lou Ferrigno estão entre as potenciais testemunhas. Também há expectativa que as ex-mulheres do cantor, Lisa Marie Presley e Debbie Rowe, e dois dos filhos de Michael – Prince, de 16 anos, e Paris, de 15 – também prestem depoimento.

A AEG Live, segunda maior produtora de shows do mundo, afirma que não contratou ou supervisionou Murray e que Jackson tinha problemas com drogas prescritas anos antes de fechar o contrato para os concertos em Londres. A empresa argumenta ainda que não poderiam ter previsto que Murray se tornaria um perigo para Jackson.

Michael Jackson morreu aos 50 anos com muitas dívidas e tentando reconstruir sua reputação após seu julgamento e absolvição, em 2005, em um caso de abuso sexual infantil. A causa da morte do cantor foi uma overdose do anestésico cirúrgico propofol e um coquetel de outros sedativos em 25 junho de 2009.

O pedido para a transmissão nas redes de TV e cobertura ao vivo do julgamento, que será realizado em Los Angeles, foi negado.

FONTE: VEJA

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