Revisor do processo do mensalão afirmou que o julgamento não teve influência nas  eleições
SÃO PAULO - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski,  foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ na saída da Escola  Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde  vota.
Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.
Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.
- Votei normalmente. Entrei pela porta da frente e como qualquer cidadão  entrei na fila. Tudo na maior tranquilidade. Isso é democracia, liberdade. As  reações agora (os xingamentos) são normais. Estou aqui com vocês (jornalistas) e  muito exposto — disse, já nervoso com os gritos e sendo puxado pelos  assessores.
O revisor do processo do mensalão afirmou que o julgamento não teve nenhuma  influência nas eleições deste ano.  Segundo ele, os eleitores brasileiros estão maduros e conscientes para fazer  suas escolhas, sobretudo porque o país tem uma imprensa livre ‘que vem  apresentando todos os ângulos das questões em debate no julgamento’.
 
 
 
 
 
— Uma coisa é o julgamento. Outra coisa são as eleições. O povo brasileiro  está muito maduro para fazer suas escolhas — disse o ministro.
Sobre o sua atuação no julgamento, contrária à maioria dos colegas do STF,  justificou que esse é o papel do revisor, de trazer contrapontos e uma segunda  opinião, outras perspectiva sobre os mesmos fatos.
— O papel do revisor foi importante, apresentou contrapontos e muita gente  foi absolvida. Creio que cumpri o meu papel e a Corte acatou em muitos aspectos  a opinião do revisor — disse, acrescentado que, apesar das contradições, acabou  convencendo seus colegas. — Doze absolvições, é pouco? Uma foi para primeira  instância por erro processual; algumas dosimetrias foram refeitas em função  papel do revisor. Creio que cumpri o meu papel.
Pouco antes de Lewandowski chegar no local de votação, o juiz eleitoral  Alexandre David Malfatti, responsável pela 258ª Zona Eleitoral proibiu os  jornalistas de ficarem na seção 286, onde votou o ministro. Os repórteres foram  convidados a ficar fora do local de votação. O juiz afirmou apenas que os  jornalistas não deveriam ficar dentro da escola ‘para fins de resguardo do voto  do eleitor’ . Questionado se havia pedido ao juiz a saída dos jornalista,  Lewandowski disse que desconhecia a determinação do juiz e que nem ele, nem sua  assessoria solicitaram ao juiz qualquer tipo de proteção durante o seu voto.
FONTE: Globo.com / O Globo



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