DE SÃO PAULO
O número de homicídios registrados na região metropolitana de Salvador já chega a 135 desde o início da greve da Polícia Militar, na noite da última terça-feira (31). Apenas entre a madrugada e a tarde desta quarta-feira, já foram registrados seis mortes desse tipo.
O dia mais violento até agora foi a última sexta-feira (3) quando 32 pessoas foram mortas. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, que divulga boletim diário com os casos de homicídio.
A pasta atualiza os dados inclusive retroativamente, pois casos registrados inicialmente como tentativas de homicídio podem ser incluídos depois como homicídio, caso a vítima morra em decorrência dos ferimentos.
GREVE
A greve dos PMs da Bahia começou na semana passada. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários.
Em entrevista à Folha, o governador Jaques Wagner (PT) disse que não pagaria nada acima do reajuste já concedido ao funcionalismo do Estado. Ontem (7), porém, o governo passou o dia negociando com líderes grevistas.
A reunião foi suspensa sem acordo. O líder do movimento, Marco Prisco, diz que as reivindicações salariais estão "bem encaminhadas". O problema, afirma, está nos mandados de prisão contra 12 grevistas, decretados pela Justiça. Prisco diz que ninguém retornará ao trabalho sem que haja uma anistia geral.
Dois dos líderes da greve com a prisão decretada já foram detidos. O último foi o sargento Elias Alves, preso por policiais federais na tarde de ontem.
Cerca de 300 grevistas permanecem acampados dentro da Assembleia Legislativa, que foi cercada por militares do Exército. Na segunda-feira, diversos focos de tumulto ocorreram no local, e os militares usaram balas de borracha e bombas de efeito moral para conter os ânimos.
FONTE: FOLHA.com
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