terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PM executa jovem taxista em frente a um clube

O delegado de Simões Filho, Antonio Fernando Soares do Carmo, entra hoje na Justiça com o pedido de prisão preventiva do soldado Leandro Almeida da Silva. O militar teria executado o taxista Pedro Augusto Araújo Santos, 23 anos, defronte ao Clube Juventude.

“O crime aconteceu no domingo, às 23 horas, quando o motorista entrava em seu carro e, involuntariamente, a porta do veículo bateu na perna da acompanhante do PM”, disse o delegado.

No final da tarde de ontem, o sepultamento do motorista foi realizado no Cemitério Municipal de Simões Filho. Ainda chocados com a violência do crime, os parentes se despediram do rapaz e lembraram que o jovem ainda pediu desculpas à mulher.

“Ele morreu com as mãos para o alto, sem qualquer condição de defesa”, ressaltou um amigo que não quis se identificar.

“O taxista ainda voltou-se para a mulher e pediu desculpas e não foi considerado”, confirmou o delegado, explicando que recentemente a família perdeu um outro rapaz, irmão da vítima, em um acidente de moto.

A noiva da vítima, em estado de choque, lembrou que o casamento estava marcado para o próximo ano. O delegado informou ainda que  por pouco  não  seriam registrados  três homicídios. “Quando os familiares da vítima viram o que acontecia, correram para ajudá-lo. A noiva e o irmão dele ainda tentaram socorrê-lo e o soldado continuou atirando”, pontuou.

Os investigadores apuraram que o policial estava à paisana e saindo de um evento no clube. No carro dele ainda tinha outra pessoa, além da mulher que foi o pivô do crime.

“O PM, que está foragido desde o homicídio, é lotado na 10ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Candeias, e está afastado de suas funções por causa de um problema no joelho”,como adiantou o delegado. 

O retrato de Leandro Silva já está com Antonio do Carmo, que acredita na apresentação do policial nas próximas horas. “Nos locais onde foi procurado durante o dia de ontem, o soldado não foi encontrado”, ressaltou.

A partir de amanhã os familiares e testemunhas serão ouvidos na delegacia para o fechamento do inquérito em tempo recorde. Muitas pessoas deixavam o clube, que fica na Quadra 6, CIA 1, e ficaram revoltadas com o que presenciaram.

FONTE: Tribuna da Bahia

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