terça-feira, 27 de dezembro de 2011

16 TONELADAS: Maior apreensão de droga da Bahia

Mariacelia Vieira REPÓRTER

Mais de dezesseis toneladas de maconha pronta para consumo foram apreendidas no sertão baiano e apresentadas ontem, na Coordenação de Operações Especiais (COE). Segundo o delegado geral, Helio Jorge Paixão, “é a maior apreensão em volume feita no estado”. O caseiro José Marcos Rodrigo dos Santos, 33 anos, preso numa das fazendas, admitiu que a quadrilha seja  composta por 20 homens, a maioria de outros estados.

O lote estava dividido em três fazendas nos municípios de Cafarnaum e Canarana, próximo a Morro do Chapéu, em locais considerados de difícil acesso. Os investigadores informaram que os vizinhos não tinham conhecimento da plantação e estocagem da erva. Parte da droga foi destruída ainda no local “por questão de logística”, como pontuou o delegado geral. Segundo ele, a droga acondicionada em três mil sacos, renderia aos traficantes cerca de R$8 milhões.

O lote deveria ser comercializado em Salvador e Litoral Norte até o carnaval, mas a denúncia feita há 90 dias  impediu a evolução dos projetos dos traficantes. Mesmo ocultados debaixo de árvores ou enterrados, os sacos onde a maconha estava acondicionada para seguir viagem foram descobertos, com auxilio do Grupamento Aéreo (Graer).

Mais de 10 toneladas foram encontradas em uma fazenda no povoado de Alecrim e outras cinco toneladas em Queimadas. No povoado de Mato Verde também foram apreendidos mais de 400 quilos da droga, como informou o delegado Jorge Figueiredo, da Coordenadoria de Polícia do Interior em Irecê (Coorpin) e  responsável pelas investigações, que contaram com  a participação a Policia Militar e do Grupamento Aéreo (Graer).

A maconha foi definida como de alta qualidade e por este motivo teria preços elevados e a quadrilha como de profissionais do tráfico, observando todo o projeto do grupo desde a plantação, armazenagem e distribuição.
“Eles escolheram a região, em consequência da terra produtiva e da existência de poços artesianos”, informou Figueiredo, esclarecendo que, segundo o caseiro, o grupo não saia das fazendas evitando exposição e há cerca de cinco meses estavam no local. Comida em estoque foi encontrada e transformada em 100 cestas básicas para a comunidade.

FONTE: Tribuna da Bahia

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