POR FELIPE PICCOLI
Campana (Argentina) - Chegou a hora de a geração de ouro brasileira — a aposta para a conquista da Copa do Mundo de 2014, no Brasil — provar o seu potencial e confirmar a expectativa depositada em Neymar, Ganso, Pato e Lucas. Para auxiliar a juventude promissora, craques consagrados mundialmente, como Julio César, Maicon, Daniel Alves, Lúcio, Elano e Robinho, todos com uma ou mais copas do mundo no currículo. Com o apoio popular, o time de Mano Menezes inicia hoje, contra a Venezuela, às 16h, em La Plata, sua trajetória na Copa América, para, enfim, tentar resgatar a confiança do torcedor, depois da marcante eliminação para a Holanda, no Mundial de 2010, e, sobretudo, o futebol alegre e arte - deixados de lado na "Era Dunga".
Com seu primeiro teste de fogo na Seleção, Mano Menezes mostra confiança na transição da geração da Copa do Mundo de 2010 para a de Neymar & Cia. "É muito normal seguir essa trajetória com essa juventude pela qualidade que temos. Estamos fazendo isso na medida certa. Estamos no caminho certo”, ressaltou Mano.
Se para uns, a Copa América servirá como afirmação, para nove remanescentes da Copa do Mundo de 2010 (Julio César, Luisão, Daniel Alves, Maicon, Lúcio, Thiago Silva, Ramires, Robinho e Elano), a conquista terá um sabor especial. “É difícil pensar sobre isso, é um momento marcante e que todos que estavam lá ainda não se esqueceram. O que eu me lembro é de ter falado, depois daquele gol, é que os sonhos continuam e a perseverança pelos sonhos e objetivos também. E isso serviu para eu continuar”, disse Lúcio, ontem, data que completou um ano da eliminação.
Para esquecer o passado e sonhar com o futuro, o esquema adotado é ofensivo, com o quadrado mágico formado por Ganso, Robinho, Neymar e Pato. Com eles, a tendência é que o futebol arte brasileiro prevaleça. “Tomara que a gente consiga repetir o futebol alegre, com muitos gols e bonito, que o torcedor gosta”, salientou Paulo Henrique Ganso - camisa 10 brasileiro e uma das principais apostas brasileiras.
Mano Menezes comandou a Seleção em oito amistosos, com cinco vitórias (Estados Unidos, Irã, Ucrânia, Escócia e Romênia), um empate (Holanda) e duas derrotas (Argentina e França). Para pôr fim às dúvidas sobre sua capacidade no comando da Seleção, Mano tem dura missão. Quebrar uma hegemonia argentina em edições de Copa América disputadas em solo Hermano _ venceu seis de oito disputadas _ e passar por cima da pressão brasileira de levantar a terceira taça seguida e a quinta das últimas seis edições do torneio. A bola está em jogo, Brasil!
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