sexta-feira, 3 de junho de 2011

Em surto de lulisse, Dilma decide combinar com a África do Sul a solução para a Líbia

Por sorte, o delírio durou menos que os dez minutos da ligação telefônica. Quando Zuma tentou arrancar apoio para um sul-africano no comando do FMI, Dilma declinou


Num breve surto de ‘lulisse’ nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff decidiu combinar com o presidente sul-africano, Jacob Zuma, que o Brasil e a África do Sul devem buscar no Conselho de Segurança da ONU uma saída política para a crise da Líbia. Como se sabe, acordos megalomaníacos dessa natureza eram típicos dos arroubos delirantes de salvador do planeta que de tempos em tempos acometiam o ocupante anterior do Palácio do Planalto. Dilma, até aqui, vinha tendo atuação mais equilibrada em  questões de política internacional.


O ‘momento lula’ ocorreu durante uma conversa telefônica de dez minutos em que Zuma contava sobre encontro que manteve com Muamar Kadafi na viagem que fez a Trípoli para tentar negociar uma solução para a crise. Tanto Dilma quanto Zuma manifestaram preocupação em relação à deterioração da situação política e humanitária na Líbia e com o fato de as ações no país terem ultrapassado as previstas na resolução de 1973 do Conselho de Segurança da ONU. Foi aí que Dilma pensou que fosse Lula e começou a criticar os efeitos negativos das ações da Otan sobre o país do ditador amigo de seu antecessor.
Além da Líbia, os dois trataram também da escolha do novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Depois de uma lenga-lenga em que afirmava acreditar que países em desenvolvimento devem ter uma oportunidade maior na direção do organismo, Zuma tentou conquistar o apoio da colega brasileira para o nome do ex-ministro das Finanças sul-africano,  Trevor Manuel. Nesse momento, o surtou passou. Dilma voltou a ser ela mesma e esquivou-se com o argumento de que espera o quadro se consolidar para só depois tomar posição a respeito de qual candidato o Brasil vai apoiar. Menos mal.

FONTE: Veja

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