quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SEM SOLUÇÃO: Quase dois meses e a polícia não desvenda o caso da engenheira

Inquérito do caso Marleide não avança

Mariacelia Vieira

Perto de completar dois meses, o caso do desaparecimento da engenheira ambiental Marleide Oliveira Junqueira, 36 anos, continua cercado de mistério. Os investigadores trabalham com todas as hipóteses.

“Pode estar havendo um cárcere privado, como também acontecido um homicídio com ocultação de cadáver ou mesmo a moça ter procurado esconder-se. Não podemos descartar nenhuma hipótese”, disse o titular da 11ª Delegacia, em Tancredo Neves, Adailton Adan, que, no entanto, não apresenta sinalização de pistas que levem à finalização do caso.

Mais de dez pessoas foram ouvidas até agora e o namorado da engenheira, Antonio Luiz Santos de Jesus, principal suspeito do desaparecimento, continua cumprindo a prisão temporária desde o dia 23 de outubro, quando se apresentou na 11ª DP.

Sobre a possibilidade de solicitar a prisão preventiva, o delegado desconversou. “Não pedi e nem sei se vou pedi-la”, disse. Adan tem mais 10 dias para concluir o inquérito e enviá-lo à Justiça, mas também não confirma a conclusão. "Tenho o prazo que precisar para isso", diz ele, sem adiantar qualquer data.

ACUSADO - O namorado da engenheira desaparecida prestou depoimento por várias vezes e as acareações derrubaram todas as versões por ele apresentadas. “Ainda não conseguiu sustentar os álibis apresentados para a noite do dia 21 de agosto”, ressalta Adailton, lembrando que foi essencial o depoimento de um garçom que trabalha em um restaurante no bairro do Rio Vermelho, e que teria servido o casal naquela noite, tendo, inclusive, ouvido uma discussão entre o casal.

Com as afirmações do funcionário do estabelecimento, caem por terra as afirmações do rapaz, de que não saiu com a engenheira naquela noite e que  teria deixado a namorada na porta do prédio onde mora, no bairro de Sussuarana, depois de uma rápida conversa e rompimento.

VERSÕES - Adan também pontua os importantes depoimentos das ex-namoradas de Antonio Luiz traçando seu perfil violento, e que sustentam as declarações de familiares da engenheira, de que Marleide estava com hematomas pelo corpo, resultado de espancamento.

A família de Marleide tenta montar o quebra-cabeça que se tornou o desaparecimento da engenheira. Idas e vindas à delegacia que apura o caso se tornaram rotina. “Hoje cheguei lá por volta das 11 horas e somente agora (16h28) estou retornando para minha casa, sem novidades,” relata o tio Gilvalter Oliveira, que não desiste da procura.

FONTE: Tribuna da Bahia

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