A polícia continua as buscas por cinco detentos que fugiram da carceragem da Delegacia de Tóxico e Entorpecente (DTE), no Complexo dos Barris, na madrugada de ontem. Entre os fugitivos está Rinaldo Valença de Lima, acusado de ser o autor do disparo que matou o delegado Clayton Leão, no último dia 26 de maio deste ano. Rinaldo e os demais teriam usado cordas feitas com lençóis, do tipo “teresa”, para escalar o muro do pátio da unidade policial.
Segundo informações de um agente da delegacia, todos os fugitivos são de alta periculosidade e respondem por tráfico de drogas e homicídios. “Não sabemos ao certo como as coisas aconteceram, só sei que as grades das celas e da área do banho de sol foram serradas”, relatou o policial, sem se identificar. As grades das celas dão acesso ao pátio e ao terraço. Um policial da unidade teria visto quando os presos já estavam na rua, mas não teve como impedir a fuga de Edivaldo, Mauríci, Gil e Urbano.
Os agentes de plantão então inibiram a iniciativa do restante dos custodiados de escapar. Durante a tarde de ontem, policiais das Rondas Especiais (Rondesp) e do Centro de Operações Especiais (COE) fizeram buscas na região, mas ninguém foi capturado.
O CRIME - Clayton Leão estava com a esposa na estrada da Cascalheia, em Camaçari, concedendo uma entrevista ao vivo para uma rádio local, quando foi abordado pelos assassinos. Três homens saíram de um carro e dispararam contra a cabeça do delegado, que morreu na hora. O laudo emitido pelo Departamento de Polícia Técnica, em junho, confirmou que a arma do assassinato foi usada por Rinaldo e exames periciais identificaram vestígios de pólvora nas mãos do acusado.
Além de Rinaldo, também foram presos e apresentados na Secretaria de Segurança Pública (SSP), Edson Cordeiro e Magno Menezes dos Santos. Edson foi o primeiro a interceptar o carro do delegado enquanto Rinaldo efetuava os disparos e Magno dirigiu o veículo usado pelo trio. Todos foram autuados por homicídio qualificado.
FONTE: tribunadabahia.com.br por Daniela Pereira
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