Michael Jackson não morreu

O astro pop morreu há um ano - mas, de tão celebrado, parece continuar vivo

Milene ChavesUma das 12 fotos de Michael Jackson, clicadas pelo francês Arno Bani e mantidas em sigilo desde julho de 1999. (Arno Bani/Divulgação)

Espetáculo de dança, documentário, videogame e leilão de fotos: Michael Jackson continua vivo na área do entretenimento

Ele nasceu no dia 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, EUA. Morreu em 25 de junho de 2009 em Los Angeles, Califórnia. Michael Jackson, o fenômeno musical americano, não ganhou a alcunha de “rei do pop”, na década de 1990, à toa. Ele, que certamente não vivia a melhor de suas fases nos últimos meses de vida, parece ter revivido depois de sua morte. Provando ao mundo, de forma definitiva, seu inquestionável potencial como artista.
Segundo uma reportagem minuciosa da revista Billboard, publicada neste mês, o espólio do astro, que era um devedor até a data de sua morte , em junho de 2009, faturou 1 bilhão de dólares desde então. De relançamentos de CDs a toques de celular, tudo o que tinha a voz e a imagem de Michael Jackson foi imediatamente reativado, vendido, renegociado – até os seus bens foram valorizados. A seguir, mais quatro fatos que comprovam: na área do entretenimento, Michael Jackson não morreu

Documentário revelador
Ian Halperin, jornalista e biógrafo de Michael Jackson, fez uma declaração curiosa em dezembro de 2008. Ele disse que o cantor sofria de sérios problemas de saúde e que viveria apenas mais seis meses. Michael Jackson viveu mais sete. É mais ou menos por isso que o documentário que Halperin preparou, com imagens do cantor e entrevistas com seus funcionários - cozinheiro, guru espiritual, treinador, cabeleireiro, secretário pessoal, segurança e advogado - seja tão esperado. Com 88 minutos, Gone Too Soon está marcado para estrear no dia 25, exatamente um ano após a morte de Jackson, no Canadá e na França.

Fotos inéditas
A casa de leilões francesa Pierre Bergé & Associés vai leiloar, em dezembro, 12 fotos inéditas de Michael Jackson, mais os negativos de 700 fotos, conservados em sigilo desde julho de 1999, quando foram feitas, em Paris. Lance mínimo: mil euros por foto – elas foram escolhidas pelo próprio cantor. Ele teria conhecido por acaso algumas obras de Arno Bani, o autor dos cliques, na revista Style, do jornal Sunday Times, e então aceitou posar para o fotógrafo, de 23 anos à época.  Bani criou quatro cenários e o vestiu com roupas de maisons de alta costura, como Yves Saint Laurent e François Lesage. A única imagem divulgada é esta acima, em que o rei do pop encarna uma versão fashion de um palhaço triste. Em outubro, a editora Chêne/Hachette publicará na França um livro com as 700 fotos.

Em videogame, para novos fãs
Os fãs de Michael Jackson não são exatamente os aficionados por videogame, mas sua imagem é tão poderosa que a empresa francesa Ubisoft não hesitou em criar um game, chamado Beat it. No jogo, o participante deve imitar os passos de dança e cantar, em modo karaokê, os hits do artista. Anunciado neste mês em Los Angeles, o game, geralmente voltado aos adolescentes, vai ser vendido com apelo de “produto de diversão para toda a família”. “Os dons divinos de Michael Jackson para a música e a dança são algo de que os jovens fãs vão gostar ainda mais”, disse seu co-executor testamentário John McClain sobre a novidade.

Pop versão circo
Está prometido para o segundo semestre de 2011 o novo espetáculo do Cirque du Soleil, que vai ter Michael Jackson como tema e trilha composta de músicas e melodias do astro. O projeto é um acordo comercial entre a companhia e os administradores do espólio do cantor, que vão dividir custos e ganhos em 50%. Em 2012, uma outra versão da montagem, em parceria com a MGM Mirage, deve ser lançada em Las Vegas, com efeitos em 3D.

FONTE: veja.abril.com.br