quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Elite do PMDB é citada em vídeo do mensalão do DEM

ANDREZA MATAIS
FERNANDA ODILLA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Integrantes da cúpula do PMDB são citados como beneficiários do mensalão do DEM em diálogo gravado por Durval Barbosa, o colaborador da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca.

A Folha teve acesso ao vídeo no qual Collaço fala sobre uma suposta propina paga a caciques peemedebistas na Câmara: o presidente da Casa, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e os deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF).

Esse é o grupo que chancelou a permanência de Filippelli no comando do PMDB-DF, forçando a saída de Joaquim Roriz do partido em setembro. Roriz foi rifado com a aliança dos peemedebistas com o governador José Roberto Arruda (DEM). O democrata o acusa de estar por trás das denúncias.

Na gravação, Barbosa diz que Arruda "dava 1 milhão por mês para Filippelli". Collaço fala em outro valor e detalha a suposta partilha: "É 800 pau [sic]. Quinhentos pro Filippelli, 100 para o Michel, 100 para Eduardo, 100 para Henrique Alves".

O vídeo foi entregue à Polícia Federal, mas não há menção a gravação a nenhum dos peemedebistas citados. Deputados federais só são investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal.

"Não sei por qual razão se destinaria verba para mim. É mais uma infâmia, lamento dizer isso", afirmou Temer. Filippelli disse que vai acionar Barbosa e Collaço na Justiça. Henrique Eduardo Alves não foi localizado. Eduardo Cunha afirmou que "não tem qualquer relação com essas pessoas".

FONTE: Uol                                                            IMAGEM: Google

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