Há tempos tenho transitado pela temática da educação. Mais recentemente, tenho falado a pais e mães sobre a necessidade de educar a liberdade dos filhos, exercendo sobre eles autoridade. Neste contexto, vejo algumas dificuldades que os pais temos (devo me incluir) de exercer autoridade sobre a liberdade, uma vez que o significado das palavras praticamente colide.
Liberdade pode ser concebida como ausência de limites. Autoridade, no contexto da criação dos filhos, deve ser entendida como “estabelecimento de limites”. Como exercer autoridade sem cercear a liberdade? Eis o nosso desafio.
Precisamos entender o que vem a ser “educação”, “liberdade” e “autoridade”, e qual a necessidade delas. Decerto que discorrer sobre os três temas individualmente nos exigirá compor um documento bem amplo. Já estou escrevendo sobre isso e em breve lançarei um livro com este tema. Aqui, cabem apenas breves anotações.
Educação é o processo de aprendizagem que parte da orientação de um mentor. O mentor não poderá exercer seu papel sem autoridade – que seria o exercício procedente de seu conhecimento. A liberdade é, portanto, o objeto de trabalho neste processo.
Educar a liberdade é levar o filho à consciência de que sua natureza carece de freios. Todos têm liberdade de ir e vir, de se portar num dado ambiente (ou sobre um tema específico) de modo a manifestar suas opiniões e comportamento. No entanto, tudo isso deve-se pautar na consciência de que não há pessoa perfeita, portanto, todos estamos à mercê do pecado. Se alguém se entrega livremente à sua natureza, certamente se autodestruirá.
O exercício da autoridade leva os pais a exporem os deslizes dos filhos, suas faltas e seus exageros. O conhecimento dos princípios morais e éticos norteará a aplicação da autoridade. O grande problema de nossa geração é que os pais parecem desprovidos de argumentos para convencer os filhos quanto aos seus limites, daí termos que conviver numa sociedade transloucada.
A liberdade, uma vez educada, será uma bênção para o filho. Um filho que reconhece suas limitações pessoais, que sabe que suas fraquezas poderão comprometer seus relacionamentos e sua vida, terá muito mais facilidade de entrar e sair em qualquer ambiente, sem ter que pôr alguém em “saia justa”.
A educação da liberdade também promove nos filhos o respeito. Respeito ao ambiente, às pessoas, aos princípios. A ausência desta educação se manifesta num comportamento desregrado, na “bandidagem”, na profanação de valores.
Que sejamos todos agentes neste processo. Que sejamos conscientes de nosso papel na criação dos filhos. Que honremos a confiança que Deus depositou em nós para gerenciarmos a alma de nossos filhos!
Pastor Aécio Ribeiro
FONTE: http://pastoraecio.com/
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